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Windows 7 Pecados

Com o Windows 7, a Microsoft está assegurando controle legal sobre o seu computador e está usando este poder para abusar dos usuários de computador.

A privacidade e a Microsoft

De quem o seu computador deve receber ordens?

A maioria das pessoas acha que seus computadores devem obedecer a elas, e não aos outros. Ainda assim, com um plano que chama de "computação confiável" e um programa que chama de Windows Genuine Advantage, a Microsoft e outros estão planejando fazer o seu próximo computador obedecer a eles em vez de você, e isto traz consequências sérias para a sua privacidade.

Windows Genuine Advantage (WGA) é o sistema da Microsoft para verificar remotamente seu computador. O WGA varre várias partes do seu disco rígido para garantir à Microsoft que você está rodando uma versão "aprovada" do Windows. O WGA é um sistema de monitoramento obrigatório e se a Microsoft decidir que você não está "aprovado" ela pode desabilitar a funcionalidade do seu computador. Atualmente a Microsoft confirma que o WGA verifica:

  • Marca e modelo do computador
  • BIOS
  • Endereço MAC
  • Um número único associado ao seu computador - Globally Unique Identifier ou GUID
  • Número de série do disco rígido
  • Configurações regionais e de idioma do sistema operacional
  • Versão do sistema operacional
  • Informação da BIOS do PC (marca, versão, data)
  • Fabricante do PC
  • Configurações regionais do usuário
  • Resultado da instalação e validação
  • Chave de produto do Windows ou do Office
  • ID de produto do Windows XP

O WGA já causou vários problemas relacionados à privacidade, incluindo a remoção de software. O WGA é atualizado automaticamente como parte dos procedimentos de atualizações críticas da Microsoft, dando aos usuários pouca escolha em aceitar as modificações aos sistemas que a Microsoft pode monitorar. Muitos já alegaram que o WGA é spyware, e apesar de a Microsoft ter negado tal intuito, eles retêm o poder de decidir o que conta como uma invasão à sua privacidade.

Para o Windows 7 eles estão mudando o nome do produto para Windows 7 Activation Technologies (WAT), mas a funcionalidade permanece a mesma.

A versão da Microsoft para os esquemas de "Computação Confiável" se chama "Palladium". Programas proprietários já incluíram recursos maliciosos no passado, mas o Palladium os tornariam universais.

Hollywood e as gravadoras de discos utilizarão o Palladium para se certificarem de que músicas e vídeos baixados possam ser reproduzidos em apenas um computador determinado, e de que o compartilhamento de arquivos 'autorizados' seja totalmente impossível.

Impossibilitar o compartilhamento já é ruim o suficiente, mas fica ainda pior. Há planos de usar o mesmo recurso para e-mail e documentos -- resultando em e-mail que desaparece em duas semanas, ou documentos que só podem ser lidos nos computadores de uma empresa.

Imagine se você recebe um e-mail do seu chefe ordenando que você faça algo que você acha arriscado; um mês depois, quando o tiro sai pela culatra, você não pode usar o e-mail para mostrar que a decisão não foi sua. "Tê-lo por escrito" não o protege quando a ordem está escrita em tinta que desaparece.

A Computação traiçoeira põe a existência de sistemas operacionais e aplicativos livres em risco, porque pode não ser possível sequer executá-los.

Algumas versões de computação traiçoeira exigiriam que o sistema operacional fosse especificamente autorizado por uma empresa determinada. Os sistemas operacionais livres não poderiam ser instalados. Algumas versões de computação traiçoeira exigiriam que todo programa fosse especificamente autorizado pelo desenvolvedor do sistema operacional.

Você não poderia executar aplicativos livres neste tipo de sistema. Se você descobrisse como fazê-lo, e contasse a alguém, isto poderia configurar um crime.

© 2009 Free Software Foundation, Inc

Charge Bill Gates/Jesus por Phil Garcia e Don Berry. Cópia e distribuição sem modificações da charge são permitidas sem royalty em qualquer meio contanto que esta nota e a nota de copyright sejam preservadas.

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Equipe de tradução:
Gabriel Z M Ramos
Hudson Lacerda

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